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Com 95% das urnas apuradas, Evo avança e pode vencer em primeiro turno na Bolívia

Segundo novas parciais, Evo tem 9,3% de vantagem sobre Mesa. Presidente precisa abrir 10% para evitar segundo turno.

21/10/2019

Suspenso após a divulgação das primeiras parciais das eleições bolivianas neste domingo (20), o sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Parciais (TREP) foi reativado na noite desta segunda-feira (21) e aponta um crescimento da vantagem do presidente Evo Morales sobre seu opositor, o ex-presidente Carlos Mesa.

Votos da zona rural aumentam vantagem de Evo Morales sobre Carlos Mesa. Foto: Daniel Giovanaz  

Com 95% dos votos contabilizados, Morales, candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), tem 46,41% dos votos. O principal opositor, Carlos Mesa, da Comunidade Cidadã (CC), tem 37,07%. Em relação aos primeiros dados, divulgados ainda no domingo com 84% das urnas apuradas, a vantagem de Evo cresceu de 7,1% para 9,3%.

Para vencer em primeiro turno, Evo precisaria abrir 10% de vantagem sobre o rival. Restando pouco menos de 5% dos votos sem apurar, o atual presidente vai confirmando o favoritismo nos votos vindos da zona rural do país.  

Com a reativação do TREP e o avanço de Morales, cresce o clima de tensão no país, uma vez que o opositor Carlos Mesa já declarou publicamente que não aceitará uma derrota em primeiro turno. O ex-presidente convocou seus eleitores a protestar em frente as sedes dos órgãos eleitorais bolivianos.

Entenda a paralisação da contagem parcial
Na Bolívia, existem dois caminhos para divulgação dos votos. Além do TREP, baseado nas informações que vêm dos colégios eleitorais, existe a recontagem manual dos votos de cada região. Este segundo caminho, que leva ao resultado oficial, costuma ser mais preciso e mais lento.

Neste momento, a contagem oficial tem 58.58% das urnas apuradas e aponta para um empate técnico com leve vantagem para o candidato da Comunidade Cidadã. Mesa tem 42,76% dos votos, contra 42,2% de Morales.

O TREP havia sido suspenso no domingo (20) à noite, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral, para evitar confusão entre as duas apurações paralelas. "Queríamos evitar confusão. Um mesmo órgão não pode divulgar dois resultados diferentes", disse a presidenta do TSE, María Eugenia Choque.

Edição: Rodrigo Chagas – Brasil de Fato

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