Últimas notícias:

Prisão de Bannon: ‘consultor’ de Bolsonaro e estrategista de Trump é solto sob fiança

Justiça norte-americana diz que Bannon promoveu uma campanha falsa, que levantou US$ 25 milhões, para lavar dinheiro de doadores. 

Por RBA  
20/08/2020

O assessor político Steve Bannon, um dos principais estrategistas da campanha de Donald Trump de 2016, foi preso na manhã desta quinta-feira (20). De acordo com a Fox News, ele foi detido sob acusação de ter participado de fraude durante uma campanha virtual de doações para construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, prometida por Trump. Horas depois, Bannon pagou fiança de US$ 5 milhões e foi solto.  

A família Bolsonaro é próxima de Bannon, que presta consultoria informal ao governo neofascista do Brasil.
Fotos: Reprodução/redes sociais (Eduardo e Bannon)/Alan Santos/PR/Fotos Públicas

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acredita que a campanha “We Built That Wall” (“Nós Construímos o Muro”), ao levantar US$ 25 milhões, foi usada para lavar dinheiro de doadores. Além disso, enganou apoiadores com a promessa de seria usado para a construção do muro. 

A denúncia da Justiça norte-americana acredita que, ao menos, US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,64 milhões) teria ido para o próprio Bannon. 

Reeleição

O assessor político era um dos responsáveis pela campanha de Donald Trump para a reeleição, neste ano. Durante anos, ele presidiu o portal de notícias Breitbart, de extrema direita e responsável pela propagação de fake news no país. 

Bannon também se articulou politicamente no Brasil. Em 2018, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, se reuniu com o assessor norte-americano para criar uma “parceria”, conforme divulgado por ele.

Em março do ano passado, Bolsonaro e seu filho Eduardo participaram de um jantar com o consultor político, em Washington (EUA), ao lado de ministros brasileiros, entre os quais Sérgio Moro. Além disso, fora da agenda oficial, o chanceler Ernesto Araújo se encontrou com Bannon, em setembro do ano passado, para conversar sobre o discurso de Bolsonaro, em Nova York, na abertura da Assembleia Geral da ONU. 

Edição: Crítica21

Nenhum comentário