EUA fornecerão arma proibida por mais de 100 países à Ucrânia
Bombas de fragmentação são banidas por convenção internacional e colocam em risco vidas civis.
Foto: Presidência da Ucrânia/via Fotos Públicas |
O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou o fornecimento de bombas de fragmentação, também conhecidas como bombas cluster, para a Ucrânia. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) pelo assessor de segurança dos EUA, Jake Sullivan.
Segundo informações divulgadas pela agência AFP, o acordo prevê o fornecimento de milhares de projéteis dos estoques do próprio Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no valor de até US$ 800 milhões.
A Ucrânia vem solicitando o fornecimento deste tipo de armamento aos Estados Unidos desde dezembro de 2022, alegando que a Rússia também faz uso das munições cluster contra os ucranianos no campo de batalha.
Em junho, a porta-voz do Pentágono, Laura Cooper, em discurso ao Congresso, afirmou que "em termos de eficácia no campo de batalha, acreditamos que isso [o uso de munições cluster pela Ucrânia] seria útil".
A administração Biden vinha hesitando durante meses em relação à transferência de munições cluster para a Ucrânia, considerando que há uma convenção internacional assinada por mais de 100 países que proíbe o seu uso, embora os próprios EUA, Rússia e Ucrânia não sejam signatários do documento.
As munições cluster geralmente liberam um grande número de pequenas submunições explosivas que se espalham por uma ampla área, colocando em risco a vida de civis. Eles são especialmente perigosos quando usados em áreas densamente povoadas, mas podem ameaçar a vida de civis por muitos anos após o fim da guerra, permanecendo intactos devido ao alto índice de falhas.
Edição: Thales Schmidt – Brasil de Fato (para fim de atualização, o Crítica21 editou o primeiro parágrafo)
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