Bolsonaro coloca homem de confiança de Ramagem para chefia da PF
Em seu primeiro ato, novo diretor-geral faz troca no comando da superintendência do órgão no Rio de Janeiro, como desejava a família do presidente.
Por Crítica21
– com informações do Brasil de Fato e Folha de São Paulo
04/05/2020
O presidente Jair Bolsonaro nomeou, na manhã desta
segunda-feira (4), o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). Agora, o órgão
será chefiado pelo delegado Rolando Alexandre de Souza, que atuava como secretário
da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).
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Ato de posse de Rolando de Souza (à dir) foi realizado de forma reservada. Foto: Isac Nóbrega/PR |
Souza é homem de confiança de Alexandre Ramagem, que
havia sido escolhido por Bolsonaro para comandar a PF e teve sua nomeação barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), por decisão do ministro Alexandre
de Moraes.
O novo chefe da PF tomou posse logo após ser nomeado, em ato fechado. A nomeação é vista como uma tentativa de contornar a decisão da Suprema
Corte, garantindo a influência de Ramagem – e por extensão, de Bolsonaro – na PF.
E o novo delegado provou que está disposto a ceder aos
desejos do presidente: seu primeiro ato foi trocar o comando da superintendência
da PF no Rio de Janeiro, como queria Bolsonaro – e como já havia sido denunciado
pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Troca
Segundo a Folha de São Paulo, o atual comandante
da superintendência no Rio, Carlos Henrique Oliveira, foi convidado por Souza
para ser o diretor executivo da PF, o posto n° 2 do órgão.
Ainda não foi
divulgado o nome de seu substituto. Oliveira tinha sido posto no comando da PF no Rio pelo ex-diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo, indicado pelo ex-ministro Sergio Moro.
Crise
A troca de comando na PF foi o estopim da crise política
envolvendo Bolsonaro e o Moro, que deixou o cargo
no último dia 24, após Valeixo ser demitido da direção-geral do órgão.
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