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Milhares de manifestantes saem às ruas contra Bolsonaro e o racismo

Torcidas de futebol, movimento negro e profissionais da saúde se unem a favor da democracia e contra o fascismo de Bolsonaro.

Com informações do Brasil de Fato       
07/06/2020 

Várias cidades brasileiras registraram atos contra o presidente Jair Bolsonaro, a favor da democracia e contra o racismo, neste domingo (7). As maiores manifestações foram registradas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Os atos tiveram adesão de profissionais da saúde e do movimento negro, entre outras organizações. 

Em SP, evento pró-democracia e contra Bolsonaro ocorreu no Largo da Batata.
Foto: Filipe Araújo/Fotos Públicas

Na capital paulista, o evento foi realizado no Largo da Batata, a partir das 14h. De acordo com a Polícia Militar, havia cerca de 3 mil pessoas no ato. Até o fechamento desta matéria, os organizadores não haviam divulgado uma estimativa do público. 

A manifestação foi pacífica. Segundo o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, durante o ato foram distribuídas máscaras e álcool em gel como prevenção à Covid-19. O MTST foi um dos organizadores do evento, junto com a Frente Povo Sem Medo e torcidas organizadas.    

Sobre o protesto, Boulos afirmou que os manifestantes estão engajados em “barrar a escalada fascista” do presidente. “Seremos uma muralha contra a marcha fascista do Bolsonaro. Começou semana passada com os torcedores e continua hoje aqui, nós vamos sim, barrar o fascismo”, afirma Boulos.

Ato na capital paulista reuniu torcidas de futebol e movimentos sociais contra o fascismo.
Foto: Filipe Araújo/Fotos Públicas

Chico Malfitani, fundador da Gaviões da Fiel, lamentou as críticas aos que decidiram sair às ruas para protestar durante o período de isolamento social. “Parece que a sociedade brasileira estava adormecida, vendo o avanço da vontade do presidente e seus filhos de fechar o Congresso Nacional, fechar o Supremo, a pandemia tomando conta do país e todo mundo sentado observando. Então nós resolvemos sair”, disse. 

Em número reduzido, um grupo de manifestantes favoráveis a Bolsonaro se reuniu pela manhã, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Os participantes carregavam faixas pedindo intervenção militar no país. 

Protestos pelo país

Atos contra Bolsonaro foram registrados em diversas capitais neste domingo (7). Em Brasília, manifestantes contra o governo de Jair Bolsonaro, contra o racismo e o fascismo se reuniu na Biblioteca Nacional por volta das 9h e percorreu a Esplanada dos Ministérios. 

Em Brasília, os manifestantes carregavam faixas contra o racismo e a favor da democracia.
Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

No Rio de Janeiro os manifestantes contrários a Bolsonaro se concentraram no monumento Zumbi dos Palmares e caminharam pela avenida Presidente Vargas até a Candelária, onde começaram a dispersão por volta das 16h. 

Além de palavras de ordem contra o atual governo federal, os cartazes também trouxeram mensagens contra o fascismo e o racismo e lembraram o assassinato do menino João Pedro e da vereadora Marielle Franco. 

Em Salvador (BA), uma multidão se concentrou em frente ao Shopping da Bahia em protesto contra o racismo e o governo Bolsonaro. Assim como ocorreu em São Paulo e no Rio, a manifestação contou com a participação de torcidas de futebol antifascistas. 

Em Porto Alegre (RS), as torcidas antifascistas do Grêmio e do Internacional se uniram para protestar contra o governo Bolsonaro. Milhares de pessoas foram às ruas do centro da cidade no quinto ato antifascista realizado na capital gaúcha. 

Com as palavras de ordem “Recua fascista, recua, é o poder popular que está nas ruas!”, o ato passou na frente dos quartéis do Comando Militar do Sul, onde nos domingos anteriores se reuniram os apoiadores de Bolsonaro. 

Justiça por Miguel

Manifestantes foram às ruas pedir “Justiça por Miguel” em Tamandaré (PE). A cidade tem como prefeito o patrão da mãe de Miguel, a empregada doméstica Mirtes Renata Souza. O garoto morreu em uma queda do 9º andar do Condomínio Pier Maurício de Nassau, no Cais da Alfândega, no Recife, onde sua mãe trabalhava. 

A criança estaria sob os cuidados de Sari Corte Real, primeira-dama do município de Tamandaré. Ela teria deixado a criança sozinha no elevador para encontrar com a mãe, mas Miguel saiu no 9º andar e caiu de uma altura de 40 metros. 

Edição: Crítica21

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