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Twitter marca postagem do Ministério da Saúde como enganosa e prejudicial

A publicação defende o "tratamento precoce", em que a medicina bolsonarista recomenda o uso de remédios sem eficácia comprovada contra covid-19 e potencialmente perigosos para a saúde, como a cloroquina. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com o presidente Bolsonaro: sorridentes propagadores de desinformação. Foto: reprodução
Por Crítica21 – com informações da Sputnik Brasil
16/01/2021

A campanha do governo Bolsonaro contra a saúde pública segue firme. Neste sábado (16), uma publicação do Ministério da Saúde no Twitter recebeu um alerta de violação das regras da plataforma por disseminar informações falsas ou enganosas. 

A publicação incentiva os cidadãos a fazerem "tratamento precoce", que na prática é usar medicamentos sem comprovação científica no combate ao novo coronavírus. Entre os remédios indicados está a cloroquina. A droga deixou de ser usada contra a Covid-19 em vários países por sua ineficácia e efeitos colaterais graves.   

Alerta do Twitter sobre conteúdo enganoso do Ministério da Saúde. Foto: reprodução 

Nesta sexta-feira (15), uma publicação de Bolsonaro também recebeu o mesmo tipo de alerta após defender o “tratamento precoce” com remédios sem eficácia comprovada e potencialmente perigosos para a saúde. 

Desova de cloroquina

O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, tenta a todo custo desovar os milhões de comprimidos de cloroquina estocados, e faz pressão para que os estados usem a medicação. 

A gestão federal produziu, por meio do laboratório do Exército, milhões de comprimidos a mais de cloroquina em 2020. Segundo reportagem do Extra, o governo tinha em estoque, em julho do ano passado, 1,8 milhão de comprimidos. 

A quantidade representa cerca de 18 vezes a produção anual do medicamento, usado comumente no tratamento de malária. Além dessa quantidade armazenada, o laboratório do Exército havia encaminhado 1 milhão de comprimidos ao Ministério da Saúde. 

Somou-se a essa quantidade cerca de 3 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina que o Brasil recebeu, no ano passado, como doação dos Estados Unidos e da empresa Novartis. O medicamento também foi vetado pela agência de saúde estadunidense para ser usado contra a covid-19. 

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