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China sugere negociação diplomática para acordo entre Rússia e Ucrânia

Diálogo é a solução chave para tensões entre as duas nações, afirma Pequim.

Embaixador chinês, Zhang Jun, em reunião na ONU. Foto: Global Times

01/03/2022

“As principais autoridades de Moscou e Kiev devem se sentar à mesa de negociações para estabelecer um caminho para diminuir a agressão”, disse um dos principais diplomatas de Pequim, enquanto as forças armadas da Rússia continuam a atacar a Ucrânia. Falando na segunda-feira (28) em uma sessão de emergência da ONU (Organização das Nações Unidas), o representante permanente da China na entidade, Zhang Jun, falou sobre como ele acredita que as tensões entre as duas ex-repúblicas soviéticas podem ser aliviadas. 

“O mais importante agora é retornar ao caminho das negociações diplomáticas e [criar] um acordo político o mais rápido possível para ajudar a diminuir a situação”, afirmou. Segundo o diplomata, “a China apoia o diálogo direto e a negociação entre a Rússia e a Ucrânia”, que ele insiste ser a forma definitiva de resolver o conflito. Zhang também disse que a comunidade internacional deve “priorizar a paz regional, a estabilidade e a segurança universal para todos”. 

Suas declarações vêm depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma ação militar contra a Ucrânia na quinta-feira passada. Isso ocorreu apenas algumas horas depois que os líderes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, recentemente reconhecidas, apelaram ao Kremlin por assistência em relação ao que eles acreditavam ser um aumento na “agressão” de Kiev.

Putin insistiu que a ofensiva visa “desmilitarizar” o país e livrá-lo de elementos “nazistas”. Logo após o discurso televisionado do presidente russo, uma série de explosões atingiu instalações militares estratégicas e aeródromos na Ucrânia. 

Várias explosões foram relatadas em todo o país desde então, com imagens circulando on-line supostamente mostrando uma grande explosão na sede regional do governo de Kharkov nesta terça-feira (1º). Vários comentaristas online afirmam que é o resultado de um ataque russo, enquanto outros argumentam que o míssil veio das forças armadas da Ucrânia. 

Pequim já culpou os EUA por inflamar as hostilidades que levaram à incursão de Moscou em seu vizinho. Falando na quinta-feira passada, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, apelidou os funcionários de Washington como “os [principais] culpados das tensões atuais”. 

“Se alguém continua jogando óleo nas chamas enquanto acusa outros de não fazer o melhor para apagar o fogo, esse tipo de comportamento é claramente irresponsável e imoral”, afirmou Hua. 

No mês passado, Putin e seu colega chinês Xi Jinping emitiram uma declaração conjunta pedindo a suspensão da expansão da Otan, à qual Moscou se opõe veementemente e tentou descartar obtendo garantias de segurança do bloco militar liderado pelos EUA. 

Tradução: Google Translate 

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