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Venezuela envia 136 mil litros de oxigênio e 107 médicos a Manaus

Os primeiros carregamentos saíram no sábado da fábrica estatal de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar, e devem chegar à capital do Amazonas nesta segunda-feira (18).

Em balanço sobre ações de combate à covid-19, presidente Maduro destacou solidariedade bolivariana.
Foto: via @FaniaRodrigues/reprodução Twitter

Por Crítica21 – com informações do Brasil de Fato e Opera Mundi
18/01/2021 

A Venezuela confirmou o envio de oito caminhões carregados com 136 mil litros de oxigênio para hospitais de Manaus. Os primeiros carregamentos saíram da fábrica estatal de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar, neste sábado (16) e devem chegar à capital do Amazonas nesta segunda-feira (18).  

Além disso, o governo bolivariano formou um contingente com 107 médicos brasileiros e venezuelanos, graduados na Escola Latino-Americana de Medicina Salvador Allende, em Caracas, para ajudar a combater a pandemia no Amazonas. Eles fazem parte da brigada Simón Bolívar. 

Segundo o chanceler Jorge Arreaza, os profissionais procuraram o consulado da Venezuela em Boa Vista, propondo a criação da brigada. "Foi um gesto muito bonito, muito bolivariano. Espero que possa ser assumido assim pelo Brasil. Estamos fazendo isso com total desapego, não queremos nada em troca. O que queremos é salvar essas vidas e dar tranquilidade a estas famílias brasileiras", declarou em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.

Em pronunciamento na TV neste domingo, o presidente Nicolás Maduro fez um balanço sobre as medidas do governo no combate à covid-19 e destacou a colaboração ao país vizinho. “Em nome do povo da Venezuela, estamos enviando apoio humanitário ao povo de Manaus, o oxigênio necessário para combater a covid-19”, afirmou. O presidente leu um comunicado do governador de Bolívar, Justo Nogueira, que detalhou como estava sendo executada a operação.

O oxigênio que o Brasil está recebendo da Venezuela vem de uma fábrica estatal que fica a 1.500 km de Manaus, e não terá custo para a parte brasileira. “Esse envio tem caráter de ajuda humanitária, por isso a Venezuela não está cobrando nada por isso. Inclusive a logística dessas primeiras cargas está sendo fornecida por nós [poder público venezuelano]”, disse o governador de Bolívar, conforme reportagem do Opera Mundi. 

A iniciativa do governo venezuelano não prejudica a produção de oxigênio para o próprio país, que tem uma das menores taxas de contágio de covid-19 da América Latina. Antes da pandemia, a fábrica de Puerto Ordaz não estava funcionando. Ela foi reativada em março de 2020 para atender a emergência sanitária provocada pelo novo vírus.

Edição: Anderson Augusto de Zottis – Crítica21 

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